Livro "Proibido Amor"



Proibido Amor não é fruto de negativismos, mas da esperança de que um dia poderemos viver em paz, não importando a cor da pele, a raça, o condição social ou orientação sexual. Que os leitores sejam agraciados pela mesma paixão pela vida que tenho em meu coração, e, parafraseando Jesus Cristo: "... que tenham vida em abundância..."


FILME: PROIBIDO AMOR

FILME: PROIBIDO AMOR
AJUDEM A TRANSFORMAR A OBRA "PROIBIDO AMOR" EM FILME. COMENTE SOBRE O LIVRO E INDIQUE O BLOG PARA ESTUDANTES DE CINEMA, ESCOLAS DE CINEMA, CINEASTAS, PRODUTORES ETC. ASSIM, JUNTOS VAMOS LEVAR A MENSAGEM DA INCLUSAO PARA TODO O BRASIL E DAR UM GRANDE PASSO NA FORMACAO DE UMA NOVA MENTALIDADE NO BRASIL.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Intolerância religiosa afeta autoestima e dificulta aprendizagem - FONTE: PORTAL TERRA



Fernando* estava na aula de artes e tinha acabado de terminar uma maquete sobre as pirâmides do Egito. Conversava com os amigos quando foi expulso da sala aos gritos de "demônio" e "filho do capeta". Não tinha desrespeitado a professora nem deixado de fazer alguma tarefa. Seu pecado foi usar colares de contas por debaixo do uniforme, símbolos da sua religião, o candomblé. O fato de o menino, com então 13 anos, manifestar-se abertamente sobre sua crença provocou a ira de uma professora de português que era evangélica. Depois do episódio, ela proibiu Fernando de assistir às suas aulas e orientou outros alunos para que não falassem mais com o colega. O menino, aos poucos, perdeu a vontade de ir à escola. Naquele ano, ele reprovou e teve que mudar de colégio.

Quem conta a história é a mãe de Fernando, Andrea Ramito, que trabalha como caixa em uma loja. Segundo ela, o episódio modificou a personalidade do filho e deixou marcas também na trajetória escolar. "A autoestima ficou muito baixa, ele fez tratamento com psicólogo e queria se matar. Foi lastimável ver um filho sendo agredido verbalmente, fisicamente, sem você poder fazer nada. Mas o maior prejudicado foi ele que ficou muito revoltado e é assim até hoje", diz.

Antes de levar o caso à Justiça, Andréa tentou resolver a situação ainda na escola, mas, segundo ela, a direção foi omissa em relação ao comportamento da professora. A mãe, então, decidiu procurar uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra a docente. O caso aguarda julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Se for condenada, o mais provável é que a professora tenha a pena revertida em prestação de serviços à comunidade.

Já a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), responsável pela unidade, abriu uma sindicância administrativa para avaliar o ocorrido, mas a investigação ainda não foi concluída. Por essa razão, a professora - que é servidora pública - ainda faz parte do quadro da instituição, "respeitando o amplo direito de defesa das partes envolvidas e o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Rio de Janeiro", segundo nota enviada pelo órgão. A assessoria não informou, entretanto, se ela está trabalhando em sala de aula.

A história do estudante Fernando, atualmente com 16 anos, não é um fato isolado. A pesquisadora Denise Carrera conheceu casos parecidos de intolerância religiosa em escolas de pelo menos três estados - Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. A investigação será incluída em um relatório sobre educação e racismo no Brasil, ainda em fase de finalização.

"O que a gente observou é que a intolerância religiosa no Brasil se manifesta principalmente contra as pessoas vinculadas às religiões de matriz africana. Dessa forma, a gente entende que o problema está muito ligado ao desafio do enfrentamento do racismo, já que essas religiões historicamente foram demonizadas", explica Denise, ligada à Plataforma de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca Brasil), que reúne movimentos e organizações da sociedade civil.
Denise e sua equipe visitaram escolas de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Ouviram de famílias, professores e entidades religiosas casos que vão desde humilhação até violência física contra alunos de determinadas religiões. E, muitas vezes, o agressor era um educador ou membro da equipe escolar.
"A gente observa um crescimento do número de professores ligados a determinadas denominações neopentecostais que compreendem que o seu fazer profissional deve ser um desdobramento do seu vínculo religioso. Ou seja, ele pensa o fazer profissional como parte da doutrinação, nessa perspectiva do proselitismo", aponta a pesquisadora.

Alunos que são discriminados dentro da escola, por motivos religiosos, culturais ou sociais, têm o processo de aprendizagem comprometido. "Afeta a construção da autoestima positiva no ambiente escolar e isso mina o processo de aprendizagem porque ele se alimenta da afetividade, da capacidade de se reconhecer como alguém respeitado em um grupo. E, na medida em que você recebe tantos sinais de que sua crença religiosa é negativa e só faz o mal, essa autoafirmação fica muito difícil", acredita Denise.

Para ela, a religião está presente na escola não só na disciplina de ensino religioso. "Há aqueles colégios que rezam o Pai-Nosso na entrada, que param para fazer determinados rituais, cantar músicas religiosas. Criticamos isso no nosso relatório porque entendemos que a escola deve se constituir como um espaço laico que respeite a liberdade religiosa, mas não que propague um determinado credo ou constranja aqueles que não têm vínculo religioso algum", diz.

*o nome foi alterado em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Agência Brasil

Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

domingo, 14 de agosto de 2011

O SEGREDO PARA A VIDA!


Davy Rodrigues fala sobre a vida e como nossas escolhas podem definir nosso sucesso e fracasso. Citando Neale Donald Walsh, o escritor romancista brasileiro nos leva a pensar sobre o quanto depende de nós o Segredo para a Vida!
         
Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ENTREVISTA AO SITE "SUBVERTENDO CONVENÇÕES", BY KIKO RIAZE

PESSOAL, SEGUE NA INTEGRA A ENTREVISTA QUE DEI
PRO SITE DO MEU AMIGO KIKO RIAZE (www.kikoriaze.com)

Olá queridos leitores!
Depois de um enorme recesso, estou retomando as entrevistas com os amigos escritores de literatura gay. E não é por falta de nomes, não. Ainda tem muita gente boa se aventurando pelo universo das histórias com temática LGBT que eu quero trazer ao blog para apresentar a vocês. O problema tem sido falta de tempo mesmo. Mas dando um jeitinho aqui, outro ali, eu vou me organizando.
A entrevista de hoje é com o autor carioca Davy Rodrigues, que escreveu o livro Proibido Amor, lançado pela editora Metanóia.


Davy Rodrigues

Davy é bacharel em teologia e estudioso das relações entre a sexualidade humana e as religiões. Seu interesse pelo tema começou a partir dos conflitos que surgiram após a descoberta de sua homossexualidade. Como resultado, Davy Rodrigues resolveu escrever cinco romances que abordam tais conflitos de maneira simples e de fácil compreensão dentro das seguintes religiões: protestantismo, catolicismo, judaísmo, candomblé e espiritismo.

Proibido Amor é o primeiro romance publicado desta coleção e conta a história de amor entre dois jovens de famílias protestantes. Confiram a entrevista. Vem polêmica por aí!

Subvertendo Convenções – De onde surgiu o interesse em estudar as relações entre a sexualidade e as religiões?

Fui nascido e criado em uma família religiosa (Batista) e desde muito cedo tinha em minha mente o conceito oriundo da Igreja de que a homossexualidade era um pecado, um erro, tavez um “demônio”, e nesse contexto eu precisava e devia buscar todas as formas de “libertação” possíveis. Assim, fui para uma Faculdade de Teologia, onde me formei em Bacharel em Teologia e iniciei um Mestrado em Sociologia e Globalização, mas o tranquei. Conheci a mãe do meu filho lá nesse seminário teológico e nos casamos. Vivemos juntos por 6 anos e tivemos um filho. Após uma confissão dolorosa e um processo para o qual precisei do auxílio de uma psicanalista (formidável), as coisas ficaram como deveriam ser, de fato. Hoje sou um homossexual assumido para mim mesmo, minha família, amigos, enfim, vivo em verdade.
O livro saiu, em parte, de minha experiência pessoal, porém trata-se de um romance fictício. O enredo, no entanto, encontra paralelos clássicos no cotidiano. Atualmente, escrevo outras obras que envolvem as questões relativas entre as diversas formas de relações humanas (em toda sua pluralidade) e outras vertentes religiosas, como Catolicismo, Judaísmo, Umbanda e Espiritismo Kardecista.

SC – Depois destes anos de estudo, qual sua percepção em relação à inclusão dos LGBT dentro das igrejas das diversas denominações cristãs? Houve algum avanço?

Tenho visto o surgimento de algo que se poderia chamar de um “crescimento” desse novo movimento eclesiástico. Particularmente eu assumi uma nova postura (totalmente pessoal) quanto à minha visão sobre o Divino. Tenho uma concepção mais ecumênica, aberta, interligada com outros conceitos religiosos e científicos sobre a relação entre o Humano e suas necessidades espirituais. Há hoje alguns grupos que me chamam atenção no Rio de Janeiro: a Comunidade Betel (pertencente à Fraternidade Universal das Igrejas da Comunidade Metropolitana, oriunda dos Estados Unidos – com a qual tenho grande afinidade e frequento há cerca de 5 anos), e a Igreja Cristã Contemporânea. Vejo nessas duas vertentes algumas diferenças clássicas em sua eclesiologia fundamental, como por exemplo o fato da Betel ser uma igreja no estilo Reformado Protestante (como os Presbiterianos e os Batistas, por exemplo) e na segunda, a Contemporânea, vejo algo mais próximo das igrejas do movimento Neo-Pentecostal, evangélico, como a Comunidade Evangélica da Zona Sul ou a Renascer em Cristo (apenas para exemplificar). Ambas apresentam-se bem comprometidas com suas propostas e arrebanham cada uma seu público afim.
Entretanto, fora desse contexto, as igrejas cristãs em geral ainda apresentam-se bem resistentes ao tema, com raríssimas excessões (como os Presbiterianos Unidos do Brasil e os Batistas Nacionais, bem como alguns movimentos Inclusivos nos Estados Unidos – lá a Inclusão LGBT eclesiástica é bem mais relevante). Como bom exemplo, cito o polêmico pastor Silas Malafaia, que há pouco tempo fundou sua própria denominação ligada às Assembléias de Deus do Brasil, a Igreja Vitória em Cristo (diga-se de passagem, uma denominação que teve um crescimento inacreditável em apenas alguns meses de organização). O referido pastor é bem conhecido do público LGBTT brasileiro por sua maneira rude, agressiva e discriminatória contra a Comunidade LGBTT. Seu posicionamento é tão agressivo que em uma participação na Câmara dos Deputados Federais sobre o tema, o pastor “Pit Bull” passou dos limites e despertou a atenção do Ministério Público por Discriminação e uma provável Incitação ao Ódio de Minorias (o que ainda aguarda todos os procedimentos legais).
No Brasil, acredito que essa questão ainda esteja muito distante de qualquer “acordo”, pois a igreja brasileira é bem intolerante quanto ao tema. Mas, acho que os LGBTs brasileiros não devem se sentir refém de sua sexualidade ou contrários à “vontade de Deus”, pois se somos como somos, e se de fato existe um Deus, Ele nos conhece como somos e certamente nos criou assim, logo nos ama como nos fez.

SC - Assim como os personagens de Proibido Amor, você também foi criado em uma família protestante. Há algo de autobiográfico nesta história que possa ser revelado aos leitores?

O livro

A obra é fictícia, porém, encontra paralelos em minha vida pessoal e na de diversas pessoas que conheci. Vivi sim um romance proibido dentro da igreja, quando tinha 16 anos. Namorei escondido o sobrinho do meu pastor por dois anos. foi algo incrível e intenso, mas ele se demonstrou bissexual e atualmente é casado e vive bem com sua esposa e filhos. Eu me identifiquei como homossexual mesmo, pois não curto mulheres (para me relacionar sexualmente). Quero deixar bem claro aqui minha total admiração e respeito por todas as mulheres. Sou filho, neto duas vezes, sobrinho muitas, irmão duas, e trabalho na área da beleza, logo, com mulheres (risos). Na minha vida tenho o exemplo de muitas mulheres maravilhosas, mas sou gay e sou feliz assim.
Minha história com o casamento foi totalmente relacionada com a minha necessidade de uma pseudo-libertação (o que na época era minha verdade fundamental). Respeito muito a mãe de meu filho e sou muito grato ao Criador da Vida por ter me presenteado com meu filho. Mas minha história pessoal não foi exatamente como a de Allan e Tony, embora algumas nuances sejam muito parecidas.

SC - Na sua obra, a descoberta da sexualidade entre dois rapazes de famílias protestantes gera uma série de conflitos. A ligação da homossexualidade com o pecado ainda é muito forte na educação protestante? Como os jovens gays que você conhece e que frequentam estas igrejas lidam com a situação?

Kiko, esse ponto é muito complexo sim. Para a Igreja a homossexualidade é pecado e é uma abominação. Eles criticam abertamente o que chamam de “comportamento homossexual”, e utilizam a Bíblia para defender seus pontos de vista e criam, assim, uma mentalidade de plenos sofrimentos em um sem número de pessoas. Conheci e conheço muitas pessoas literalmente no armário dentro de diversas denominações. Mas as relações eclesiásticas são singulares, comparadas à outras vertentes religiosas, aproximando-se muito do contexto das famílias judaicas, islamicas ou hindus. A Igreja é uma comunidade de pessoas ligadas entre si por uma afinidade comum: o desejo de ir para um lugar eterno, chamado Céu e o medo de ir para outro local antagônico ao primeiro, o Inferno. Deus e o diabo seriam inimigos cósmicos e o povo está no meio dessa guerra espiritual. Como o diabo não pode tocar em Deus, segundo sua crença, ele toca nos “filhos de Deus”. O pior é que Deus, sabendo de tudo isso, permite que assim aconteça, pois Ele teria seus objetivos nisso tudo.
No fim das contas, o que sobra é um sem número de pessoas vivendo uma inverdade. Tem muita gente deixando de viver sua vida, seus desejos e sua sexualidade plena por acreditar piamente nessas coisas. Ano passado fui morar por uma temporada nos Estados Unidos e convivi com muita gente dentro desse contexto. Tenho um amigo de longa data que é filho de um Pastor Batista que é meu amigo pessoal. Quando o filho se assumiu gay (eles moravam em Nova Iorque na época), as relações familiares despencaram num ponto bem mais crítico que o relatado no meu livro.
Mais uma vez quero defender minha atual posição quanto a Fé: creia no que quiser, ou até recrie sua fé. Crie algo novo para você. Faça o que for necessário para ser feliz com o máximo de responsabilidade com você mesmo e com seu semelhante, pois de todas as esperanças religiosas que possamos ter, só temos uma certeza: vivemos hoje, aqui e agora.

SC- No livro há uma clara crítica ao comportamento dos líderes religiosos, principalmente, no que diz respeito às suas vidas particulares, à riqueza acumulada pelo dízimo e até casos extra-conjugais. Qual foi seu objetivo ao abordar tais temas?

Vou responder a essa pergunta da maneira mais simples possível.
O exemplo de um líder apresentado por Jesus na Bíblia é de alguém simples. De alguém que dá exemplos de humildade e doação. De alguém que não deve acumular riquezas e bens. De alguém que precisa estar disponível para suas “ovelhas”, seguidores, discípulos, enfim, para os seus. Um líder, segundo Jesus, dá a própria vida pelas pessoas que estão sob seus cuidados. Te convido agora a olhar para os líderes evangélicos e católicos da atualidade. O Papa nem preciso comentar… francamente. Veja o que é o Vaticano… Já os pastores, vejamos: Bispo Edir Macedo, Bispo Marcelo Crivela, Bispa Sônia Hernandes e seu esposo Estevan, Pastor Silas Malafaia, Missionário RR Soares, e uma lista infinita de milionários da fé. Eu os chamo de “Os Cafetões da Fé” em dois de meus vídeos no meu canal no YouTube.
Kiko, minha maior vontade é que o Senado e a Câmara criem uma lei na qual as instituições filantrópicas (modalidade na qual se enquadram as Igrejas) sejam obrigadas a apresentar um balanço de todas as suas entradas e saídas. Ainda que continuem sem a obrigação de pagar impostos, apenas declarar seu balanço financeiro. Isso já bastaria para uma verdadeira revolução no meio eclesiástico nacional.

SC- Sua saída do armário foi dolorosa? Conte-nos um pouco sobre este processo.

O processo foi menos doloroso na prática do que eu criei na minha mente. Achava que meus pais me rejeitariam, que meus amigos se afastariam, que Deus me odiaria… Levei 27 anos para abrir a boca e falar tudo. Na hora teve choro, abraços ao invés de tapas, “eu te amo” no lugar do ódio, coisas assim. Meu maior algoz era minha própria convicção religiosa. O que mais doeu foi o sofrimento da minha ex-esposa. Ela sofreu muito e eu carreguei essa culpa por muito tempo. Mas conseguimos manter uma relação relativamente amigável hoje em dia. Hoje vivo em harmonia com minha família. Todos sabem e ainda brincamos muito com tudo isso. Somos descendentes de portugueses, então a família é bem grande e extrovertida. Em muitas festas de família o assunto vira piada e todos rimos muito. Não sofro discriminação ou rejeição por ninguém da minha família. Mas conheço alguns casos bem diferentes.

SC - Para finalizar, deixe um recado para os jovens gays cristãos que vivem em conflito por causa de suas religiões.

Certa vez assisti a uma entrevista da Rogéria, que admiro muito, na qual ela dizia o seguinte: se você é gay e quer se assumir, então, estude mais que todos os seus amigos, tenha a melhor formação acadêmica que qualquer um deles, trabalhe na empresa que todos eles já sonharam em trabalhar um dia, vista-se com a maior elegância que você puder, compre o melhor carro do bairro e tenha a melhor casa. Nossos valores são lindos e devem ser levados a sério, mas numa sociedade capitalista de merda que vivemos o ser humano vale pelo que apresenta. Segundo Rogéria nessa entrevista, um viado pobre é apenas uma bicha, mas um homossexual assumido bem sucedido é respeitado, nem que seja pela inveja dos que gostariam de discriminá-lo, mas não podem porque ele (ou ela) é possuidor de uma posição social melhor e superior.
Adoro a Rogéria e concordo plenamente com ela. Não acho isso fútil, acho isso prático. Mas ainda vou além… E me prendo muito na questão cultural. Estudem muito tudo o que puderem sobre sua fé. Observem a Natureza ao seu redor. Pensem no Universo. Qual a religião das estrelas, planetas, plantas, animais, minerais…? Qual a rosa que vai pro céu e qual vai pro inferno? A branca, a vermelha, a amarela…? Pense na pluralidade existente em todo o Universo. Tudo é plural. Quantos tipos de solos? De rochas? De aves? Somos humanos e estamos dentro desta pluralidade universal. Nossa sexualidade não seria diferente.
Sexualidade humana não é um assunto para ser tratado religiosamente. As religiões são fantásticas em sua antropologia, sua riqueza cultural, história. Mas não podem responder a todas as necessidades do homem do século XXI. A Bíblia é um belo livro, mas não pode ser aplicado em sua totalidade em nossa sociedade atual. Há atitudes consideradas criminosas nos textos bíblicos, como assassinatos, bigamia, poligamia, torturas, violência, incesto, enfim, vivemos em 2011 depois de Cristo. Os tempos de Abraão, Moisés, David, enfim, os tempos bíblicos estão por demais passados para vivermos hoje de acordo com os ditames daquela época.
Viva sua vida, sua diferença, sua sexualidade. Busque sua independência e seja responsável consigo mesmo. Proteja-se da AIDS, das hepatites, das DSTs em geral, previna-se da homofobia, das brigas, violência. Suas esperanças podem ser lindas e motivadoras, mas sua realidade é única, aqui e agora.

Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues